A Prefeitura de Sete Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, transmitiu nesta segunda-feira, 19, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em suas redes sociais, uma live sobre o tema.
O objetivo foi conscientizar a população sobre os principais sinais de violência sexual contra este público, o papel dos familiares, das pessoas mais próximas e os equipamentos e órgãos em que o município possui para atendimentos. A mobilização faz parte da "Campanha Faça Bonito", que este ano comemora 20 anos de existência.
Segundo a delegada de polícia civil, Stefânia Nunes Valgas, embora o município não possua uma delegacia específica, foi criado na Delegacia da Mulher um espaço físico específico para este fim. "É um espaço mais acolhedor, voltado para as crianças, pois delegacia não é um bom ambiente para elas. Temos profissionais qualificados e tudo é planejado para extrair uma boa oitiva, que será encaminhada para apreciação do Judiciário", acrescentou a delegada.
O promotor da Vara da Infância e da Juventude, Luiz Gustavo Carvalho Soares, comparou um abuso sexual como "pegadas na areia". Para ele, cada vez que a história é compartilhada, a criança vai sendo questionada e, de tantas "pegadas em cima", chega ao ponto de não saber mais o que realmente aconteceu. "A cada vez que a criança é interrogada, é como se ela revivesse aquele momento e, de tanto constrangimento, chegará um tempo em que ela não vai querer falar mais sobre. Deixem para que o profissional faça os devidos questionamentos", alertou.
Segundo a técnica de referência do Poder Judiciário, Ana Cláudia Junqueira, uma criança, ao denunciar um abuso aos pais, ouve três respostas. "Você tem certeza? Vamos esquecer isso, deixa pra lá. A culpa é sua, não fique de short em casa e nem sozinha com ele". "A partir daí, temos que extrair a história, por meio de desenhos, jogos, ou pelo silêncio da criança, pois ela não vai ter mais coragem de falar sobre o assunto", salientou.
Além do Dr. Luiz Gustavo, da Dra. Stefânia e da técnica Ana Cláudia, participaram da live, a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Luciene Chaves, a técnica de referência do CREAS, Luciana Lanza, e a gerente de proteção especial, Larissa Santos, que conduziu o bate papo. Finalizando a transmissão, a secretária Luciene Chaves falou sobre a importância de um diálogo sobre sexualidade entre pais e filhos.
"Muitas vezes eles sofrem abusos por medo, culpa ou vergonha", acrescentou.
A sociedade tem muita importância no combate, portanto, denuncie através do disque 100 ou nos diversos canais que o município possui, como CRAS, CREAS, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Secretaria Municipal de Assistência Social e os Conselhos Tutelares. A denúncia pode ser anônima.
Fonte: Prefeitura de Sete Lagoas - Assessoria de Comunicação Social.
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