AUXÍLIO MORADIA
A medida
provisória assinada pela presidente Dilma que vai custar aos cofres públicos
uma despesa de R$ 419 milhões em auxílio moradia chega a causar arrepios. Não há verba para a saúde, a educação, a
segurança, só para citar, porque o fato é que, de acordo com o governo, não há
dinheiro para nada, estamos falidos, quebrados, acossados pela recessão, pela
inflação e sem perspectiva de melhoria para este ano. E daí nos vem esse mesmo
governo com uma medida dessas. Auxilio moradia para categorias que, embora não
reconheçam, e ainda briguem por mais, estão longe de serem mal remuneradas.
AUXÍLIO MORADIA EM MINAS
Aqui no
estado, a situação não é diferente. A
Assembleia Legislativa liberou o auxilio para todos os deputados e manteve o
mesmo valor destinado ao judiciário, ou seja, R$ 4.377,73. O que impressiona, no nosso caso, é que 11
dos nossos parlamentares que se beneficiaram com essa granazinha extra, possuem
imóveis em Belo Horizonte. São eles: Arlen Santiago (PTB); Carlos Henrique
(PRB); Carlos Pimenta (PDT); Hely Tarquínio (PV); João Alberto (PMDB); Bosco
(PTdoB); Sávio Souza Cruz (PMDB); Duarte Bechir (PSD);Neivaldo (PT);Tito Torres
(PSDB) e Vanderlei Miranda (PMDB).
COMAM
BRIOCHES
Embora a mídia tenha reverberado a informação dos gastos previstos pelo governo
de Minas com a comida do palácio, informando inclusive os itens que irão à mesa
dos nobres (o que nos fez lembrar a França nos tempos da rainha Maria Antonieta, famosa também pela frase
“se não têm pão que comam brioches”), tudo segue igual. Temos crise, mas queremos codorna à mesa.
SOLUÇÃO
Deixando de lado a lista de compras da despensa do nosso
governador socialista, vamos ao que interessa: o encontro entre os governadores
de Minas, do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e de Alagoas Renan Filho,
ambos do PMDB, na última quarta-feira. A pauta da reunião: como melhorar a
receita dos estados e driblar a maior crise econômica que o Brasil vem
experimentando nestes últimos tempos. Quem acompanhou a reunião, atestou: houve troca de ideias e sequer um esboço de
solução.
GREVE A
VISTA
Representantes das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros não
aceitam, em hipótese alguma, o parcelamento dos salários dos servidores da área
de segurança pública. A categoria está mobilizada e a partir de segunda-feira as
ações deverão ser mais ostensivas com panfletagem nas portas dos quartéis
convocando os policiais para a assembleia marcada para o dia dois de fevereiro
na frente da Assembleia Legislativa. Sindicatos ligados à segurança vão
discutir durante o encontro se haverá ou não, greve.
O GATO
COMEU
Há um concurso de marchinhas carnavalescas em andamento na capital
mineira e a coluna não resistiu ao impulso de lembrar aquela que dizia “Onde
está o dinheiro? O gato comeu, o gato comeu, e ninguém viu...”. Mas o assunto
aqui é sério. A banda norteamericana
Pearl Jam, que se apresentou no Mineirão no ano passado, doou 100 mil reais
para as populações atingidas pelo desastre de Mariana. Músicos mineiros fizeram
shows com renda destinada para o mesmo fim. Caetano Veloso e Criolo tocaram em Minas
e São Paulo, com o mesmo propósito. Tudo muito bom, tudo muito bonito, mas.... o
prefeito de Mariana, Duarte Junior, reclama
que até agora nem um centavo dessas doações chegou ao município. Onde
está o dinheiro?
HERANÇA
O encontro dos
governadores não resultou em nada, além de queixas e lamentações, mas para os
servidores afetados pela inconstitucionalidade da Lei 100 foi a oportunidade de
ouro. Eram os 30 segundinhos de holofotes de que precisavam para dar voz à
insatisfação. Postados em frente ao
Palácio da Liberdade e ocupando ainda o espaço da Praça, cerca de 50 mil
servidores contratados pela Lei 100 e exonerados no início deste mês botaram a
boca no megafone. Esta é uma história que ainda irá render muitos capítulos.
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