O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e o Consorcio Sete Lagoas, (empresas Conata Lider, Infracon, RFJ, Sinarco, R&R, Dact) assinaram o contrato e ordem de serviço para construção da sonhada Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município. Este projeto tem forte alcance ambiental e, certamente, terá reflexos positivos no desenvolvimento econômico de toda região.
Sete Lagoas foi contempla com recursos financeiros do Ministério das Cidades para “Execução e melhorias do Sistema de Esgotamento Sanitário Municipal – Construção de Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário, Interceptores e Emissário, Estação Elevatórias de Esgoto Sanitário”. Porém, atrasos na liberação da Licença de Operação e, consequentemente solicitações de reajustes na planilha de preços, provocaram o desacordo entre o Município e a empresa contratada inicialmente para executar o projeto. A obra chegou a ser iniciada em 2018, mas, de maneira amigável, o contrato foi rescindido em janeiro de 2019.
Foi preciso um novo planejamento do SAAE e da Prefeitura para retomar o projeto seguindo orientações do Tribunal de Consta da União (TCU). Com isso, foi aberta Concorrência Pública 02/2019 que contou com a presença de vários concorrentes e foi finalizada no mês passado tendo como vencedor o Consórcio Sete Lagoas.
O contrato e ordem de serviço foram assinados na última segunda-feira, 5, pelo presidente do SAAE, Robson Andrade, e o Gustavo Bueno Camatta, representante do consórcio. “Todos os acertos para o início imediato das obras estão em andamento. O prazo de execução é de 18 meses, sendo assim em 2022 teremos já em operação a tão sonhada ETE de Sete Lagoas”, comentou Robson Machado.
REALIDADE ATUAL
De acordo com informações do SAAE, cerca de 97,5% do esgoto gerado em Sete Lagoas é coletado, mas somente 10% é tratado em mini-estações da autarquia. O restante é jogado nas bacias do córrego Tropeiros e do ribeirão Matadouro, chegando até o Rio das Velhas.
PROJETO DE INSTALAÇÃO
Para construir a ETE serão investidos R$ 72.407.893,96, sendo R$ 63.798.243,03 de repasses de fundo perdido do Governo Federal e R$ 8.609.650,93 de contrapartida do Município. A capacidade inicial é de 510,73 litros/segundo, com projeção até 2035, quando a estimativa prevê Sete Lagoas com 294.182 habitantes. A ETE será construída na comunidade de Areias, após o bairro Tamanduá, ocupando um terreno de aproximadamente 130.000 m². O empreendimento terá uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da sede do município. O sistema de tratamento contará também com a construção 31 km de interceptores.
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