O secretário municipal de Saúde, Flávio Pimenta, atendeu ao chamado da Câmara Municipal para uma reunião especial onde o tema principal foi as ações do Executivo para conter a pandemia do novo coronavírus em Sete Lagoas que já confirmou 167 casos positivos. A sessão aconteceu por videoconferência e os parlamentares, na quarta-feira (24), puderam tirar todas as dúvidas sobre o que a prefeitura vem fazendo para frear o avanço de casos.
Foi definido pelos vereadores que será encaminhado um documento único ao gestor da saúde municipal com todas as demandas elencadas pelo Poder Legislativo. Por ordem alfabética todos os vereadores presentes tiveram a oportunidade de se manifestar com Gilson Liboreiro (SD) e Ismael Soares (PSD) abrindo a sabatina.
Abaixo você acompanha os questionamentos dos vereadores e o que respondeu o secretário.
Ações mais efetivas como a instalação de barreiras sanitárias e uma testagem maior foram os apontamentos feitos por Gilson. “Por que não se toma medidas mais efetivas como barreiras sanitárias? Testagem nos servidores que estão na linha de frente? Nós vamos avançar em ações? Ismael Soares emendou questionando sobre os critérios para a realização dos testes.
O questionamento de João Evangelista (PSDB) foi se o município vai tentar na justiça tirar Sete Lagoas do programa Minas Consciente do Estado para uma maior flexibilização. Na sequência Zé do União (PP) quis saber se “estamos preparados para o pico da doença previsto para o próximo mês”?
Milton Martins (PSC) não fez questionamento, apenas mostrou sua insatisfação com o que foi relatado. “Não pode fiscalizar banco porque é federal, não pode fazer barreira sanitária porque não adianta, mas o comércio pode ficar fechado. Não tem nenhuma ação e nenhuma solução. Sem pergunta e sem questionamento, senhor presidente”, encerrou.
Marcelo Cooperseltta (PSC) tem que dividir responsabilidades e o Executivo reforçar trabalho de conscientização e o aumento da estrutura para não termo problemas com o Ministério público. A partir daí a gente começa a pensar e falar em flexibilizar. Coopeseltta questionou sobre a chegada de um recurso de R$ 20, como foi divulgado por um deputado.
Renato Gomes (PV) fez uma solicitação para que seja contratado um intérprete de libras para o boletim diário do coronavírus. E Rodrigo Braga (PV) quis saber sobre os testes para a covid-19. Por que não fazer os testes nas pessoas que estão em monitoramento, pouco mais de 200?
A dúvida do presidente Cláudio Caramelo (PP) foi sobre a quantidade de leitos que a cidade precisa ofertar. Tem que ter 68 leitos com, ou sem pandemia? Na sequência Gislene Inocência (PSD) reforçou a importância da fiscalização que está “aquém da necessidade”.
Gislene Inocência também bateu na tecla da fiscalização mais intensa. Pr. Alcides quis saber mais detalhes sobre os protocolos de atendimento aos pacientes. Fabrício Nascimento (REP) foi o último a se manifestar e ratificou ao secretário, como líder do Executivo na Câmara, que será enviado um documento único do Poder Legislativo com pedidos de mais esclarecimentos.
Respostas do secretário
Barreiras sanitárias. Sobre os equipamentos informou que não tem muito sentido. As barreiras sanitárias são instaladas quando a gente não quer que a doença entre.
Resultados de exames. De acordo com Flávio, o Laboratório instalado no Unifemm está habilitado para atender as 35 cidades do entorno e vai divulgar cerca de 50 exames por dia para todos os municípios. A definição de quantidade liberada de testes é feita pela Funed, órgão responsável pela divulgação dos testes do estado.
Estrutura hospitalar. “O aumento da estrutura hospitalar demanda um recurso maior, chegou o recurso e na medida que chegou fomos fazendo as compras necessárias. Compras de insumo são feitas com prazo. Por isso pode parecer que temos recurso”.
Fiscalização. Estamos fazendo, sim. Mas é impossível controlar todo mundo. Já teve caso de fecharmos loja pela manhã e à tarde o dono reabriu. É um problema de educação de 20 anos atrás.
Liminar da justiça. Recorremos porque entendemos que o Minas Consciente é voltado para grandes centros. Temos tentado fazer as coisas com um entendimento do que é feito em outros lugares.
Pico da doença. Ninguém sabe exatamente quando vai ser. Vamos ampliar (os leitos), sim. Vamos fazer uma licitação e entre 15, 20 dias deveremos ter um aumento substancial na estrutura. Não estamos no pico, por isso não temos, ainda, esse aumento.
Recurso do Governo Federal. Ainda não chegou, se chegou não estamos sabendo.
Intérprete de Libras. O boletim não é da secretaria, é do comitê de gestão de crise, órgão colegiado. Não posso fazer a contratação para um órgão colegiado.
Testes. Temos uma capacidade de realização e todos os testes necessários são feitos. Não temos critérios definidos para a testagem. Por isso que muitas vezes não faço teste, mas não nego teste para todos que preenchem os critérios. Obedeço aos critérios que determinamos e não posso mudar sem embasamento técnico científico.
Leitos. Não há determinação para que os leitos estivessem prontos. Temos um plano de ação para aumentar os leitos. No plano de contingência do Estado que prevê o aumento de leitos, mas é preciso que seja de forma gradativa.
Protocolos. Temos que respeitar o momento da doença. Cada protocolo tem índices específicos. Tem vários protocolos e estamos seguindo o que recomenda o Ministério da saúde. Foi montada uma equipe com intensivistas e infectologistas que discutem todas as ações e condutas de implementação.
Fonte: Secretaria Especial de Comunicação | TV Câmara.
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