segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Estudantes de Sete Lagoas estão na seletiva para fase internacional da Olimpíada de Astronomia


 Um grupo de alunos do ensino médio de Sete Lagoas foi classificado para participar da seletiva que vai apontar estudantes de todo o país que terão direito a representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia (OIA). Os estudantes têm em comum a conquista de medalhas na edição 2020 da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), o que credencia e carimba o passaporte da turma para a seletiva. A fase internacional da competição ainda não tem data para acontecer.

Outra coincidência do grupo é que todos são alunos do Colégio Alpha de Sete Lagoas que vem se notabilizando nos últimos anos como um “papa títulos” da OBA. De 2014 até a edição atual foram nada menos do que 67 medalhas conquistadas, 31 só na OBA do último ano, que contou com a participação de mais de 430 mil estudantes de todas as regiões do país. As provas foram aplicadas de forma virtual como consequência da pandemia.

Mesmo com o histórico de medalhas da instituição, o psicólogo, educador e diretor do Alpha, Fernando Campos, se surpreendeu com os resultados “extraordinários” apurados em 2020. Ele contabiliza “sete medalhas de ouro, oito de prata e 16 de bronze. Fora isso, tem um número grande de alunos que vão receber menção honrosa porque ficaram com nota próxima da linha de corte para o bronze”, comemora.

O que poderia ser um fato complicador, a pandemia, para a escola, pelos menos nas aulas de astronomia, foi um diferencial para potencializar os resultados. “O interessante é que o trabalho do professor de astronomia da escola, Breno Matos, nesse modelo remoto, tem sido melhor porque dá para mostrar mais coisas, vídeos e conteúdo. As discussões ficam mais aprofundadas e o resultado foi esse número de medalhas”, comemora Fernando.

Os medalhistas do Alpha selecionados para a seletiva internacional foram Jéssica Soares Monteiro (1° ano – Prata), Bruno Lima Costa (2º ano – Prata), Otávio França Campolina (1° ano – Bronze), Luiz Felipe Oliveira Costa (3° ano – Ouro), Pedro Miguel (1° ano – Bronze), Isabela Oliveira (3° ano – Prata). Fora o destaque recente na OBA, o Alpha, nos últimos anos, também acumula medalhas das olimpíadas nacionais de Ciências, Química e Matemática.

Aulas remotas por conta da pandemia

Um dos fatores que possibilitou o feito na OBA 2020, como disse o diretor, o sistema remoto de aulas foi “aprimorado junto com a participação dos alunos”, revela Fernando Campos. As aulas online são diárias de acordo com a faixa etária. “Dosamos o tempo de permanência do aluno frente à tela”, preocupa-se.

Na metodologia desenvolvida os estudantes com faixa etária menor têm permanência menor, enquanto que os maiores têm um tempo maior de aula. “Então, os alunos estudam bem sem ficar várias horas na frente do computador”, entende Fernando.

O diretor detalha que no início de cada semana os estudantes recebem um roteiro com a programação e os links com aulas gravadas. “Alunos e famílias se organizam sem ter que ficar várias horas frente ao computador, o que seria um desastre”, finaliza Fernando Campos.

Fonte: Marcelo Paiva.

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