Para o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, o
crescimento do PIB em 2020 será de no mínimo 3%.
FIEMG divulga balanço anual e faz projeções para
2020
A indústria mineira fecha o ano com sinais de recuperação na
economia. Iniciativas pautadas pelo governo federal como o controle da
inflação, a redução da taxa básica de juros, a lei da Liberdade Econômica e a
aprovação da reforma da Previdência contribuem para o otimismo da classe
industrial. O balanço anual da economia e as projeções para 2020 foram
divulgados pela FIEMG nesta quinta-feira, dia 5/12, na sede da entidade, em
Belo Horizonte.
Para o próximo ano são esperados, de acordo com o estudo da
FIEMG, a continuidade do processo de recuperação do mercado de trabalho e novos
cortes da taxa básica de juros, assim como a melhora da percepção de confiança
de empresários e consumidores. O PIB brasileiro e mineiro tende a registrar
crescimentos de 2,2% e 2,34%, respectivamente. A agenda de reformas (tributária
e administrativa) tem potencial de favorecer uma recuperação mais robusta da
economia brasileira para os próximos anos.
Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, está otimista. “O Brasil vai
crescer, no próximo ano, acima de 3%, mais do que as projeções atuais, e Minas
também vai ter um crescimento mais vigoroso”, afirma. Para o líder industrial,
as mudanças no ambiente regulatório, as alterações na legislação, a redução na
taxa de juros e a volta da atividade minerária vão permitir um maior crescimento
da economia.
Em 2019, a estimativa é que a indústria mineira feche o ano com
queda em sua produção de 4,96% e no PIB de 1,24%. A produção física da
indústria de transformação deverá ter aumento de 1,55%, já a indústria
extrativa, queda de cerca de 25%, influenciada pelos efeitos da paralisação
parcial da atividade minerária no estado após o rompimento da barragem em
Brumadinho, em janeiro.
O primeiro semestre registrou fraco desempenho na economia
brasileira. O cenário apresentava elevada ociosidade na indústria e no setor de
serviços, o mercado de trabalho estava em recuperação, além do rompimento da
barragem de rejeitos de minério em Brumadinho, que impactou negativamente os
indicadores. Esses fatores levaram a queda na confiança e revisões para baixo
nas estimativas de crescimento para o ano.
Já o segundo semestre mostrou uma leve recuperação da atividade
econômica, impulsionada pela aprovação da reforma da Previdência, expectativas
de inflação abaixo da meta do Banco Central, queda da taxa de juros e aumento
do consumo das famílias, com a liberação do FGTS e a retomada gradual da
indústria extrativa.
Segundo Flávio Roscoe, se o Congresso Nacional avançar nas
reformas, como a Administrativa e a Tributária, a taxa de crescimento da
economia brasileira terá padrões asiáticos. “Com as reformas, seremos a nova
China, ou a China do futuro”.
Outra projeção do presidente da Fiemg Flávio Roscoe, é que se o
projeto de recuperação fiscal de Minas que foi protocolada na Assembleia
Legislativa for aprovada o crescimento de Minas chega a 5%.
Questionado se a Fiemg representa as grandes indústrias, Flávio
Roscoe afirmou que a Fiemg defende e representa a sociedade como um todo, pois
a maioria dos associados da entidade são pequenas e médias empresas, e é o empreendedorismo
que está fazendo o país crescer.
Fonte: Assessoria de
Imprensa Fiemg.